domingo, 2 de outubro de 2011

20 dicas de como fazer um networking vencedor


Frases como “Você precisa fazer um bom networking” ecoam entre os quatros cantos do mundo corporativo e dentro das empresas de qualquer porte. Mas isso não parece ser à toa.
Você sabia que 70% das contratações são resultados de um bom networking? Foi o que apontou um estudo realizado pela Right Management, consultoria especializada em gestão de talentos e carreira. A pesquisa revelou que manter uma rede de relacionamento pode fazer a diferença na conquista de novos negócios e na procura por um emprego.
Embora muito se fale sobre o tema, é comum encontrar pessoas que não sabem exatamente como por em prática seu network. Não é suficiente apenas participar de redes sociais ou trocar cartões para formar uma boa rede de contatos. É preciso estabelecer relações e compartilhar interesses e informações com outras pessoas.
“O networking surge não só como uma ferramenta extra nos negócios, mas sim como um talento diferencial de relacionamento”, afirma Paulo Monteiro, da DealerNet. “Atualmente, não basta ter uma boa empresa e um bom discurso de apresentação de oferta, é preciso relacionar-se muito bem para atingir os objetivos”, complementa.
Na prática, a maioria das pessoas só se dá conta da importância de sua rede de relacionamento – ou do quanto a negligenciaram – quando mais precisam, seja, em um novo emprego ou no fechamento de algum negócio. É nessa escolha de momento que muitos erram. Especialistas são unânimes em rejeitar a ideia de pensar em network apenas quando se necessita de ajuda.
O economista Eduardo Lago entendeu isso na pele. “Quando estava tudo bem, bom emprego, bom salário, vivia no meu ‘mundinho’, mal me relacionava com as pessoas. Só que a mudança de diretoria – e a consequente demissão que sofri – fizeram com que eu procurasse aquelas pessoas que evitava no passado”, relata Eduardo. Passados cinco anos do ocorrido e devidamente empregado, ele revela ter aprendido a lição. “Agora eu vejo que era um completo antissocial. Aprender a me relacionar mais com as pessoas não só me ajudou profissionalmente, mas também no meu comportamento como ser humano”, destaca o economista.
Ponto de largada
O primeiro passo para um bom networking é fazer uma lista das pessoas que você conhece e avaliar qual é o seu nível de proximidade com elas, tanto do ponto de vista profissional quanto do pessoal. Lembre-se: é necessário investir tempo para cultivar as relações.
Outro fator importante é frequentar novos lugares onde possa conhecer pessoas diferentes. Ir sempre aos mesmos eventos todos os anos vira mesmice e limita o alcance do seu grupo de contatos.
Presencial e web
A tecnologia é também uma grande aliada na hora de gerenciar os contatos. Devido à correria do dia a dia e ao acúmulo de tarefas, redes como Linkedin, Facebook e até mesmo o MSN, são excelentes ferramentas para estabelecer uma troca de informações e interesses.
“A internet e as redes sociais podem transmitir a sensação de informalidade. Mas é preciso prezar pelo bom senso, ética e saber bem a diferença existente entre a liberdade e a libertinagem”, explica Dalmir Sant’Anna, palestrante. Para ele, “o respeito com sua base de contatos é essencial, não devendo enviar mensagens improdutivas ou que possam gerar algum desvio da sua conduta ou imagem”.
Outro fator importante é entender que, no network, quantidade não significa qualidade e não importa se os contatos foram estabelecidos presencialmente ou via web. Essa constatação foi feita em 2010 por cientistas da Universidade de Oxford, comandada pelo antropólogo inglês Robin Dunbar, ao realizarem uma detalhada análise sobre o tráfego de sites de relacionamento. O estudo apontou que uma pessoa interage, no período de um ano, com, no máximo, 150 contatos, independente da origem dessas relações – ou seja, pessoais ou online.
Lembre-se que é melhor ter 100 amigos conhecidos no Linkedln, com quem você verdadeiramente se relacione, do que ter 800 pessoas com as quais você nem troca um “oi”.
Top 20
Com a ajuda de especialistas, preparamos um guia com 20 dicas para que você prepare um network vitorioso.
1) Saiba se expressar e seja claro para garantir que a pessoa esteja recebendo a informação correta;
2) Planeje antes de fazer o contato e o faça de maneira personalizada;
3) Cuide-se para ser uma pessoa interessante. Isso inclui ler, ir ao teatro, cinema, estar bem-informada, etc;
4) Estabeleça um link de relacionamento (um assunto em comum) com o outro contato;
5) Seja você mesmo e pratique seu network diariamente, de maneira natural;
6) Partilhe ideias e convide o interlocutor para opinar sobre elas;
7) Cuide da história que você está construindo;
8 ) Aproveite os momentos em que as coisas caminham bem para desenvolver relacionamentos e cultivá-los;
9) Reserve um horário para rever aquelas pessoas que você não encontra há algum tempo;
10) Não é de bom tom procurar seus contatos apenas quando precisa de um favor;
11) Não fale mal dos outros;
12) No caso de necessitar de um favor, perceba se a pessoa entendeu suas intenções;
13) Avalie se o novo contato vai lhe acrescentar algo. Lembre-se de que a relação é de troca;
14) Tenha à mão seus cartões pessoais;
15) Trate seu network como uma irmandade, em que existe fidelidade e ajuda mútua;
16) Respeite as regras básicas da ética corporativa: não use seu network para roubar outros contatos, clientes e ideias ou espalhar boatos sobre a concorrência;
17) Respeite a diversidade humana e compreenda que cada pessoa tem a sua maneira de pensar, agir e falar;
18) Entenda um pouco de tudo e não se restrinja apenas a sua área profissional;
19) Tenha em mente quais são as suas habilidades e competências;
20) Mantenha-se sempre aberto a novos contatos.
Artigo da Revista Administradores

A arte de tolerar as incertezas


Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar. Immanuel Kant
Existe um conjunto de características ou comportamentos que definem uma personalidade empreendedora: visão de futuro, comprometimento, persistência e iniciativa, dentre outras.
Mas, nenhum comportamento é tão marcante nos empreendedores como a capacidade de arriscar.
Empreendedores gostam de desafios, de situações onde a conquista, o sucesso, a realização exijam esforço, atitude e uma intrínseca incerteza. Isso é o risco.
Correr riscos não significa, necessariamente, situações de perigo. Na verdade, em muitos casos, colocar-se em situações de perigo está muito mais relacionado à imprudência do que à capacidade de arriscar.
Situações de risco são aquelas onde, apesar de todo o trabalho, de todo o esforço e de todo o comprometimento, existe uma chance de insucesso, de frustração.
É claro que as pessoas não gostam de perder, de fracassar ou de se sentirem frustradas.
Os empreendedores também não. Mas, a diferença dos empreendedores está exatamente na forma como lidam com as situações de derrota que naturalmente envolve a vida.
Empreendedores entendem, ainda que intuitivamente, que as derrotas não são fracassos e sim experiências que possibilitam futuros sucessos.
As pessoas sentem medo do desconhecido. Os empreendedores também. Situações de mudança dão um friozinho na barriga das pessoas. Empreendedores também sentem frio na barriga.
A diferença está na maior tolerância que os empreendedores têm em relação às incertezas. Eles têm uma maior capacidade de conviver com o inerente medo do futuro.
As pessoas gostam de ganhar e não gostam de perder.
Os empreendedores não são diferentes. A diferença está no impacto que o ganhar e o perder tem nas escolhas dos empreendedores e na forma como eles encaram os desafios.
Enquanto a maioria das pessoas entra no jogo da vida, ou dos negócios, com o intuito de não perder, os empreendedores jogam para ganhar, ainda que isso implique na possibilidade de perder.
O gosto pelo desafio e uma maior tolerância às incertezas nos possibilita aproveitar a vida com maior plenitude, afinal é muito mais gostoso encarar a vida de frente do que viver se escondendo do mundo com medo de lidar com as frustrações.
E a boa notícia é que, como qualquer comportamento, a capacidade de assumir riscos pode ser desenvolvida, desde que, ao perceber que precisamos mudar, decidamos adquirir essa competência.
Nesse processo, um exercício muito importante é abrir mão da rigidez e da necessidade de controlar a tudo e a todos, afinal riscos e controle caminham em direções opostas.
Reduzir as cobranças com as outras pessoas e também conosco é outro ponto importante nesse aprendizado.
E, por último, tolerar mais os próprios erros e dar menos importância às derrotas, tirando aprendizado de cada experiência é uma prática que pode fazer uma grande diferença.
Isso é fácil?
Certamente que não, especialmente quando já estamos muito cristalizados em nossas posturas centralizadoras e controladoras.
E quem disse que deveria ser fácil? Afinal, se for fácil não tem desafio.
E, se não tiver o desafio, não existe o gosto da vitória!
Sommablog

Marketing eficiente

O Google acha que seus produtos devem triunfar pela qualidade, não pela publicidade

Andrei D´Angel

Quando Steve Jobs anunciou sua saída da presidência da Apple, semanas atrás, lamentou-se a aposentadoria precoce de um CEO que detinha um raro talento: o de enxergar produtos de alta tecnologia pela ótica do consumidor, e não do engenheiro. Com isso, conseguiu que a Apple fabricasse itens tecnologicamente avançados, bonitos e de fácil utilização pelo consumidor médio – evitando que fossem acometidos pela “síndrome do videocassete”, aparelho cujas algumas funções só eram dominadas por “17 pessoas no mundo”, segundo Luis Fernando Verissimo em uma crônica. Jobs, por isso, era uma espécie de estranho no ninho da tecnologia: um homem de marketing num setor dominado por engenheiros e informatas.

As habilidades de marketing de Jobs, no entanto, iam além da capacidade de pensar um produto pela ótica do consumidor. Ele era capaz, também, de valer-se de seu poder persuasivo para convencer os consumidores de que os produtos da Apple eram superiores, inéditos, fabulosos – mesmo quando não passavam de (competentes) recombinações de funções desempenhadas por aparelhos concorrentes. Jobs era um bom vendedor do próprio trabalho, como mostraram suas inúmeras aparições em eventos de tecnologia da Califórnia, quando apresentava as novidades da Apple para o ano que começava.

Essa segunda habilidade marketeira de Jobs é tão ou mais difícil de ser igualada que a primeira. Facebook e Google, por exemplo, têm sido felizes, na maior parte das vezes, em criar produtos úteis e interessantes para os consumidores – mas não necessariamente em fazer o indispensável barulho a cada novidade. Em uns casos, por falta de capacidade; o anúncio das novas funções do Facebook, semana passada, tentou imitar o estilo Jobs de apresentação, mas Mark Zuckerberg não conseguiu ser nada além que uma figura sem graça sobre o palco.

Em outros casos, porém, trata-se de uma opção, digamos, “filosófica” – categoria na qual se enquadra o Google. Segundo Douglas Edwards, autor de um recente livro sobre os bastidores da empresa, os fundadores do Google sempre odiaram “a idéia de publicidade: eles acreditavam que boas ideias se venderiam sozinhas” (Folha de S. Paulo, 17/08/2011). Algo que a revista Fast Company de abril deste ano confirma:

“A persuasão ofende a crença meritocrática do Google. A empresa se tornou a maior ferramenta de busca do mundo porque construiu o melhor produto, não porque criou melhores anúncios de TV que o Yahoo.”

Uma crença que a própria revista trata como ingênua, e que acarreta prejuízos para a empresa:

“Muitos dos avanços do Google ficam desconhecidos do público porque ninguém ouviu falar deles. Os donos de iPhone sabem que o Android permite ao usuário ditar e-mails por voz? Imagine o marketing que a Apple faria disso.”

A tal filosofia do Google é perigosa. Inúmeras tecnologias superiores fracassaram por terem perdido, justamente, a batalha do marketing – seja aquela travada no campo da divulgação, da distribuição ou do preço. O Betamax era superior ao VHS, o teclado tipo DVORAK melhor que o QWERT e os Macs, mais amigáveis que os PCs – mas nenhum deles triunfou. Um bom produto é um bom começo, mas não uma garantia de sucesso.

Por isso, surpreende que uma empresa moderna, como o Google, defenda um ponto de vista tão rudimentar. Quantos bons produtos e serviços o Google não deve ter deixado de transformar em vencedores simplesmente por negar-se a badalá-los? Quão perigosa não é essa crença de que o sucesso da ferramenta de busca pode ser repetido ad infinitum em novos empreendimentos da companhia?

No avançado setor de alta tecnologia, como em todos os outros, vale uma imagem tão antiquada quanto verdadeira: tão importante quanto botar o ovo, é cacarejar.

Chefe Difícil

O colaborador pode perder a motivação e o comprometimento para
realizar um bom trabalho, resultando em aumento do nível de estresse e
queda da produtividade.

S. Giannoni*

Um chefe é considerado difícil em função de algumas características,
como agressividade, autoritarismo, mau humor, impaciência, comunicação
não assertiva - fala alto, usa palavras inadequadas e até palavrões,
provocando no outro medo e ansiedade. Quando o colaborador convive com
este tipo de pessoa, acaba perdendo a motivação e o comprometimento
para realizar um bom trabalho, resultando em aumento do nível de
estresse e queda da produtividade.

No geral para lidar com este tipo de chefe, o colaborador precisa
procurar conhecê-lo, analisando seu perfil, para facilitar a
interação. Tem que ter flexibilidade, procurando se adaptar ao jeito
da pessoa, ao seu estilo. Um ponto relevante é que os chefes difíceis
nos forçam a buscar superar nossos limites, e de certa forma, nos
proporcionando um aprimoramento, à medida que os desafios vão sendo
superados. Diante de um chefe difícil é importante o profissional se
posicionar, temos liberdade para escolher aceitar ou não esta
situação, se não nos adaptarmos, temos que procurar um outro tipo de
pessoa para trabalhar. Confira abaixo alguns tipos de chefes:

Chefes coercivos, que são aqueles que querem que as coisas sejam
realizadas do seu jeito. Para ele, tudo deve transcorrer do jeito que
ele acha correto, ele coage... Tem que ser do jeito dele, na hora que
ele quer, é ele quem dita as regras. Na medida do possível, procure se
posicionar, dando opinião e sugestão de novas formas de realizar as
atividades.

Chefe agressivo: que estabelece altos padrões de desempenho para a
equipe. Quer que a equipe tenha um alto desempenho, que todos cheguem
lá, mas de uma forma impositiva, sem respeitar o limite dos outros.
Seu objetivo é que todos atinjam as metas a qualquer custo, o que pode
ter um impacto negativo no grupo. Ao lidar com este tipo de chefe
procure atender os prazos e cumprir com as metas, porém, se julgar que
não conseguirá atender a necessidade do chefe, se posicione e busque
negociação. O outro tipo de chefe agressivo é aquele que é rude,
grosseiro, fala alto, utiliza uma linguagem inadequada com o
colaborador e não o respeita enquanto profissional. Devemos ser
assertivos, buscar oportunidade para que possa ser colocado como você
se sente com relação a forma de tratamento recebida.

Chefe mal-humorado: é aquele que esta sempre de mau humor, está sempre
reclamando de tudo e de todos. O ideal para lidar com este tipo de
chefe é não se deixar contaminar pelo humor do chefe, mantendo seu bom
humor.

Chefe instável: é aquele que não tem equilíbrio emocional, é instável
emocionalmente. Tem mudanças bruscas de comportamento, tem horas em
que está numa boa, outras não, tem instabilidade emocional e você não
sabe como ele vai estar. Como lidar: procurando conhecer a pessoa e
saber como e quando devemos nos colocar. Ter clareza se é o momento
certo, e aproveitar as oportunidades que o chefe está de bom humor
para fazer solicitações.

Chefe amigo: é aquele chefe que da liberdade ao colaborador para que
ele se coloque, entretanto, quando o colaborador passa dos limites ,
há uma mudança brusca de comportamento, fazendo com que o colaborador
perca sua referência com relação a está pessoa. Para lidar com este
tipo de chefe é fundamental que o colaborador tenha clareza de qual é
o seu papel na empresa e não misturar vida pessoal e profissional.

Chefe reservado: com dificuldade de relacionamento, esse tipo de chefe
não interage com a equipe, não compartilha, ficando distante. Ele
conduz as pessoas, mas mantém um distanciamento muito grande da
equipe, sem ter vínculo. Tem dificuldades de conversar e de
compartilhar com a equipe, procura trabalhar de forma mais
individualizada. Procure se aproximar do chefe, se ofereça para ajudar
e procure maximizar o diálogo.

Chefe centralizador: ele tem que estar a par de tudo e tem dificuldade
de delegar atividades aos seus colaboradores, por medo de perder o
lugar ou por receio de que as pessoas não saibam fazer como ele faz.
Em função da dificuldade que este tipo de chefe tem para delegar
tarefas, ao desenvolvermos uma atividade temos que manter o chefe
informado de todos os nossos procedimentos, procurando fazer tudo de
acordo com as expectativas do chefe. Procurar se aproximar deste chefe
e ganhar sua confiança, deixando claro que seu objetivo é somar,
compartilhar e trabalhar em equipe.

Chefe omisso: é aquele que não se coloca, não se posiciona diante das
situações do dia a dia e não fornece feedback para a equipe dos seus
pontos positivos e de melhoria. Podemos lidar com este chefe,
solicitando o seu posicionamento e no caso da falta de feedback
(retorno sobre o seu trabalho), pedir para conversar com o chefe e
dizer que gostaria de saber se o seu trabalho esta sendo desenvolvido
de acordo com as expectativas, como você pode melhorar.
Enfim, de forma geral, para lidarmos com chefes difíceis podemos agir
da seguinte forma:
1. Mantenha o controle, o equilíbrio emocional;
2. Procure conhecer o seu chefe para poder lidar melhor com ele;
3. Não entre em confronto com ele;
4. Seja flexível e na medida do possível procure se posicionar.

*Stefania Lins Giannoni - Psicóloga, especialista em Desenvolvimento
de Pessoas, Mestranda em Educação em Saúde pela Unifesp