“Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha. Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
Agora, vocês escreverão um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa. Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar: ‘Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro.
Assim acontece em nossas vidas. Muitas vezes temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas quase sempre nos centralizamos nos pontos negros.
Por vezes, esquecemo-nos que a vida é um presente, repleto de oportunidades e insistimos em olhar apenas para os pontos negros que surgem no caminho!”
Essa possibilidade de escolher qual o valor ou significado que daremos aos fatos, acontece a todo instante nas nossas relações em casa, com os amigos, com os familiares e, de forma bem evidente, em nosso ambiente de trabalho.
Diante do mesmo fato, diante do mesmo cenário, alguns focam nas dificuldades, outros nas oportunidades.
Alguns enxergam problemas, outros vêem soluções, afinal: “Enquanto alguns choram, outros vendem lenços”.
Por isso, é sempre bom termos em vista que o juízo ou a interpretação que damos aos acontecimentos nada mais é do que uma escolha pessoal.
Nós escolhemos se queremos nos manter presos ao ponto negro ou se colocaremos o nosso foco, a nossa atenção, a nossa energia, em toda a folha que continua em branco e com infinitas possibilidades.
E, sem dúvida, ser capaz, ou fazer a escolha, de manter o foco na solução é uma competência pessoal e, cada vez mais, uma necessidade profissional.
Mas, o fato é que muitos profissionais não têm essa competência.
A pergunta é: ‘O que eu devo ou posso fazer se eu tenho essa limitação pessoal’?
A resposta está, mais uma vez, nas nossas escolhas.
Alguns preferem fechar os olhos e fazer de conta que o problema não existe. Outros decidem encaram o problema de frente.
Qual a melhor escolha?
Certamente não há uma escolha melhor ou pior, apenas aquela que nos torna mais realizados, mais felizes.
Afinal, nesse caso, ao escolhermos encarar o problema de frente, surge uma nova escolha.
Para alguns, perceber-se sem essa competência pode se tornar algo realmente assustador. Um grande ponto negro que parece aumentar de tamanho à medida que essas pessoas olham para dentro de si!
Já para aqueles que compreendem que as nossas competências não nascem prontas, mas, ao contrário, são desenvolvidas a partir de nossa reflexão e do olhar que dirigimos para dentro de nós mesmos, lidar com essa descoberta passa a ser um desafio.
Ou, em outras palavras, escolhem aprender a escolher a folha em branco ao invés do ponto negro. Decidem mudar, para melhor.
Uma das coisas mais maravilhosas em sermos livres para fazer escolhas é que podemos nos reinventar a cada momento.
A todo instante podemos nos transformar em alguém melhor, mais preparado, mais competente.
Aprender a enxergar os fatos sob a perspectiva da oportunidade, eis aí um bom desafio…
Nenhum comentário:
Postar um comentário