Um
número significativo de empresas não passa de 5 anos de vida por falta de
planejamento segundo o Sebrae. Por que o empreendedor não tem estímulo para
desenvolver uma atividade que impacta na sobrevivência de empresas de uma forma
geral? São muitas as respostas e muitas pesquisas já foram feitas sobre o
assunto, mas quero apresentar algumas observações que fiz ao longo dos anos, auxiliando a elaboração do planejamento estratégico de empresas de todos os
portes.
Vamos analisar um dos aspectos nesse primeiro
momento.
Em primeiro lugar o planejamento acaba sendo
superficial se for elaborado isoladamente devido, dentre muitas opções, à necessidade de informações,
de disciplina para reunir e apresentar os dados antes de pensar estratégias, à
pressuposição de cenários positivos e à potencial perspectiva de que, na
verdade, tudo já estava na cabeça e aquilo é só burocracia. Por outro lado, se forem
convocados colaboradores, estes terão que ser preparados e orientados para ajudar
na elaboração, aprendendo a metodologia e trazendo ideias e informações novas.
Ou seja, no final das contas, perda de tempo para quem já não tem tanto tempo.
Confesso que a palavra superficial talvez não esteja
bem colocada e possa haver muita polêmica sobre qual seria então a palavra
certa. No entanto, se poucas empresas efetivamente tem planejamento ou falham
quando o tem, talvez aquela palavra não seja assim tão fora de contexto. Mas o
que é importante aqui, é o que pode ser feito para que o empreendedor
dê esse passo e, na minha opinião, a resposta é o fazer algo que traga resultado.
Tudo aquilo que é feito sem que se tenha uma
resposta ou resultado, torna-se sem sentido e vai ser abandonado ou descartado.
Da forma como são elaborados, os planejamentos não tem tido êxito pois, ao final, o que restam são numerosas ações desconectadas de estratégias ou mesmo
conectadas com estratégias que não foram devidamente internalizadas ou bem
definidas.
Uma sugestão que dou é o planejamento escalonado,
iniciando de forma bem simplificada e progredindo até um planejamento que se
possa chamar de estratégico. Se puder contar com apoio externo, ainda melhor, tendo
em vista que pessoas de fora podem ter insights oportunos e torná-lo mais
eficaz. Poucas expectativas e 100% de resultados é melhor do que um
planejamento estratégico engavetado.
Em outro texto, pretendo desenvolver o tema planejamento estratégico, tentanto aprofundar aspectos de sua construção e execução, analisando textos de outros autores e o que mais for importante para compor um raciocínio simples que o leve a adotar essa prática.
Leopoldo Nunes (br.linkedin.com/in/leopoldonunes)
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