quarta-feira, 18 de junho de 2014

Pensamento lateral


Há uma história sensacional que se passa durante a Segunda Guerra Mundial.
Um mecânico dedicava-se a estudar a blindagem de aviões de combate em suas áreas mais frágeis. Seu objetivo era reduzir as muitas baixas de soldados e aeronaves norte-americanas.



Ao examinar os aviões que retornavam às bases aéreas, este mecânico – cujo nome era Abraham Wald –, detectou um ladrão de áreas atingidas na fuselagem das aeronaves. Com pequenas variações o sinistro se localizava sempre numa área que pouco variava de um avião para outro.

Assim que determinou este padrão, Wald partiu para formular um novo modelo de blindagem que, em primeira análise, sugeriria a aplicação de mais proteção nas áreas constantemente atingidas pelos ataques inimigos.

Mas para surpresa geral, quando ele fez a apresentação dos resultados de seu estudo, Wald mudou completamente a tendência do pensamento predominante. Ele teve um insight fantástico. Sugeriu um modelo de reforço e blindagem que protegia diversas áreas das aeronaves, exceto todas aquelas que eram mais frequentemente atingidas. E justificou sua conclusão por aquela falsa percepção que nos empurra a enxergar o que devemos fazer pelo viés do sucesso, sem levar em conta que o fracasso adota o mesmo padrão, e poderá vir no mesmo pacote.

Explicando melhor. Se os aviões eram atingidos quase sempre no mesmo lugar e ainda assim voltavam para as bases, estava claro que as avarias naqueles pontos não eram fatais. Muito provavelmente os aviões abatidos, e que não podiam ser avaliados, apresentariam buracos de bala em áreas diferentes daquelas estatisticamente mais afetadas.

Muitas vezes – ou sempre – devemos olhar mais para os fracassos e aprender com eles, para, assim,  atingirmos o sucesso com que sonhamos.

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